quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mais uma produção coletiva...

No quarto dia da etapa presencial, foi elaborado em equipe um texto argumentativo sobre língua e cultura.


Ao pensarmos em língua e cultura, vem à mente Fernando Pessoa, quando diz: “Minha Pátria é a Língua Portuguesa.” Pessoa foi muito feliz nessa colocação, pois se desejamos conviver com ética, respeito e justiça é com a língua Matter que apregoamos nossos ideais. Se o que nos move são os sonhos, sonhamos em Língua Portuguesa. Nossa última Flor do Lácio representa o cheiro, a cor, a beleza do amor, desde Camões “Amor é fogo que arde sem se ver,/ é ferida que dói e não se sente.../ é querer estar preso por vontade, / é servir a quem vence, o vencedor”, em versos à prosa de Saramago. Essa mesma língua tem caráter excludente quando utilizada para manipular, segregar e gerar o preconceito. Por vezes, a prática social da língua vê-se corrompida por estrangeirismos, usos obscenos, grotescos, mas como língua mãe, perdoa e aceita. Ao discorrermos sobre língua, cultura e práticas sociais, devemos dar verbo ao princípio. Princípio da vida. Princípio da criação. O princípio está na gênese: “E o verbo se fez carne...”A gênese está na vida. Está no nome de batismo.

Equipe: Alício, Élia, Guilherme, Liliane, Lourdes, Márcia, Nelci,

terça-feira, 21 de julho de 2009

Gestar II - 2 etapa - 20 a 24 de julho





Os formadores do Gestar II Língua Portuguesa estão reunidos em Balneário Camboriú, nesta semana, de 20 a 24 de julho para a socialização das experiências em cada regional e/ou municípios.

Abaixo, uma das atividades realizadas no segundo dia do encontro:


CIRCUITO FECHADO





2009 é o ano. O ano do programa. Lançamento e adesão. Formadores, crédito e compromisso. Cursistas desconfiança. Tudo era uma questão de tempo. Preparo e persistência. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Perspectivas, envolvimento. Velhas teorias. Práticas tradicionais. Conteúdos gramaticais. Paciência e carinho. Nova ação. Novo olhar. Espaço de aprendizagem. Produções e movimento. Alunos engajados. Professores atarefados. Aprendizagem efetivada. Socialização de resultados. Formadores capacitados. Professores animados. Alunos motivados. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Julho é o mês. 2009 é o ano. Gestar é o programa.




Equipe: Alicio-Élia-Guilherme-Liliane-Nelci-Neli

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Memorial

Minha vida... de leituras


A leitura possibilita ao homem conhecer diferentes mundos. É assim que viajo pelos mais variados lugares, descobrindo personagens distintos no modo de ser, pensar e agir.

Nasci no dia em que morreu um dos cantores mais conhecidos no mundo, John Lennon. Minha mãe esperou ansiosa sua primeira filha, cujo nome havia sido retirado de um jornal, o que para mim explica meu gosto pela leitura e escrita que há alguns anos se resumia no sonho de ser jornalista.

Cresci numa localidade do interior do município de Caçador. Lembro que livros, revistas e jornais eram raridades em minha casa, pois a situação financeira não permitia suas aquisições. Nessa época, eu viajava com as histórias que minha avó, analfabeta, contava nas noites chuvosas e frias.

Aos três anos de idade, iniciei na pré-escola. Lembro até hoje da minha primeira professora, Rosane Fonseca, que sempre sorridente, com sua voz suave me apresentou as histórias Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, Os Três Porquinhos, Rapunzel, Cinderela, A Bela Adormecida e Branca de Neve e Os Sete Anões; esta última era a minha preferida. Eu não conhecia as letras ainda, mas recontava as histórias em casa para meus alunos imaginários, inúmeras vezes. Como eu adorava ver a capa dos livros terem suas imagens transformadas toda vez que a professora Rosane mudava sua posição! Ah!!! Bons tempos aqueles...

Ainda na pré-escola, conhecidas as letras, dei início as primeiras leituras. Recordo-me que aos seis anos viajei a Curitiba com meus avós para visitar meu tio e na rodoviária troquei o refrigerante e o pastel por um gibi da Turma da Mônica. Li tantas vezes aquele gibi! Era uma jóia preciosa em minhas mãos ainda pequenas.

Os primeiros anos de escola foram marcados pela cartilha com seus textos “sem graça”; emaranhados de aliteração e assonância. A escola não possuía biblioteca; os livros eram apenas didáticos. Cursei nessa escola, da rede municipal, apenas a primeira e a segunda séries primárias. Que bom! Na nova escola, uma biblioteca pequena, mas pulsando. Digo pulsando, porque a biblioteca é o coração de uma escola. Voltei a conhecer outras personagens que para mim se confundiam com pessoas reais e novos mundos que se entrelaçavam formando um novelo de conhecimentos. Araí, pele de tigre, as histórias de Raibow Brite, da Bruxa Onilda, Cachinhos Dourados, foram algumas das leituras que marcaram os primeiros anos do ensino fundamental.

Já na quinta série, lembro da professora de português apresentando para a turma o livro da Série Vaga-lume, Aventuras no Império do Sol. Ela acabou lendo alguns capítulos na sala de aula para despertar em seus alunos o interesse de continuar a leitura. Eu fui a primeira a lê-lo, depois da professora, é claro. Sentia-me uma das jogadoras do time de voleibol. Vivi todos os momentos da história e no final acabei integrando a equipe de voleibol da escola. A partir daí, outros livros desta série fizeram parte das minhas leituras até a conclusão da oitava série, Garra de campeão, O rapto do garoto de ouro, Um cadáver ouve rádio, O menino de asas, O mistério do cinco estrelas, A árvore que dava dinheiro...

Nessa fase escolar ainda descobri a doce leitura através do livro Helena, o qual foi o primeiro que apresentei como trabalho. Gostei tanto que ilustrei a apresentação.

Fui muito dedicada com relação ao estudo, primeiramente porque gostava de conhecer o novo, ler, escrever, construir, e segundo porque sempre acreditei que através dele temos a chance de melhorias. Baseada nisso, parti para o ensino médio, com muitas dificuldades, a maior delas foi sair daquela localidade, no interior para estudar na cidade, em meio a tantas pessoas novas que riam quando eu falava o nome do lugar de onde eu vinha, Taquara Verde. Senti-me mal nas primeiras semanas, até a professora de português apresentar a todos da turma a maior nota na primeira avaliação da disciplina das três turmas de primeiro ano, a minha. Suspirei aliviada e conquistei meu espaço na nova escola. Pena que com relação às leituras desse período da minha vida, tenho uma vaga lembrança do único livro que li durante todo o ensino médio, Dona Guidinha do Poço. Acabei deixando as leituras um tanto quanto que abandonadas. Talvez, eu mesma seja a culpada por esse abandono, porém minhas professoras não estimularam a leitura. Isso também é fator importante para a formação ou não de alunos leitores.

Chegando ao fim de mais uma etapa, veio o vestibular, início de outra. Meu sonho: ser jornalista. Mas como? A única universidade presente no município não ofertava esse curso, aliás, continua não ofertando. Então, o curso de Letras foi minha opção, consequência do gosto pela escrita e leitura. Foi isso. E quantas leituras... Memórias de um Sargento de Milícias, Macunaíma, Casa de Pensão, O Cortiço, A Hora da Estrela, Geração do Deserto, O Ateneu, A Normalista, Eurico o Presbítero, O Crime do Padre Amaro, A Escrava Isaura... E, a leitura que marcou meu ensino superior e que para mim é o melhor livro da literatura brasileira, Dom Casmurro.

Enfim, o sonho de minha avó, analfabeta, e minha mãe foi realizado. A formatura. A professora.

Hoje, como professora e leitora, leio artigos, livros relacionados à educação, revistas, jornais, gibis, livros infantis. É isso mesmo, livros infantis. Leio para minha filha e ela para mim. Voltei aos bons tempos da pré-escola, quando antes de conhecer as letras eu viajava pelos lugares encantados, porém a minha professora, hoje, é a minha filha, que diferentemente de mim teve contado com o primeiro livro, Totó, aos nove meses de vida.

Parece que a história só está começando...


Liliane da Silva



7ª Oficina

Pauta do encontro:

ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO

1º Apresentação da mensagem – “Para Todas as Crianças” – Carlos Drummond de Andrade

2º Leitura do relatório do Caderno Volante – Zita Tramontina

3º Apresentação das Seções 1, 2 e 3 da TP4(não conseguiram fazer as apresentações na Oficina do dia 30/6):
Unidade 16: A produção textual - Crenças, teorias e fazeres (já apresentou).
Seção 1: Escrita, crenças e teorias. - EEB Nayá Gonzaga Sampaio – página 161
Seção 2: O ensino da escrita como prática comunicativa – EEB Santo Damo – página 174
Seção 3: A escrita e seu desenvolvimento comunicativo – EEF Thomaz Padilha – página 184

4º Apresentação dos Objetivos da Unidade 17 da TP5 – Estilística.

5º. Leitura do Texto – Os Diferentes Estilos – Paulo Mendes Campos;

6º Avançando na Prática – Narrando a morte de Michael Jackson (conforme os estilos apresentados no texto – 15 estilos para 15 grupos); 15 min

7º Leitura do Poema de Manuel Bandeira “Trem de Ferro” – página 18

8º Avançando na Prática – Jogral do Poema (metade – faz a repetição / outra metade o restante do texto) – evidenciando a sonoridade.

9º Leitura do Texto “Berimbau” – Manuel Bandeira – página 29

10º Avançando na Prática – Produção Textual contendo aliteração, assonância, metáforas, metonímias e onomatopéias (por grupo – tema a escolher). 20 min

11º Leitura do texto “Nunca é tarde, sempre é tarde” – Sílvio Fiorani – páginas 43 e 44.

12º Avançando na Prática – Narrar um fato...contendo discursos direto/ indireto/indireto livre e ou frases fragmentadas. (20 min)

13º Apresentação dos Objetivos da Unidade 18 – Coerência Textual

14º Apresentação POWER POINT – O que faz um texto ser coerente?
15º Avançando na Prática: Organizar os textos de forma coerente. (Encontrar no grande grupo as partes do todo do texto).

16º Apresentação dos Objetivos da Unidade 19 – Coesão

17º Avançando na Prática: COERÊNCIA E COESÃO - Apresentação de textos, fundamentando-se em comentários referentes ao discurso e textualidade.

18º Avançando na Prática: Os professores/cursistas produzirão outros textos com coerência e sem coesão.

19ºApresentação dos Objetivos da Unidade 20 – Relações lógicas no texto

20º Apresentar o texto “Uma história sem pé nem cabeça!” organizado em colunas e solicitar aos grupos que o reorganize atentando para a sequência temporal do texto (grande grupo).

21º Ler o texto “Dois sapos”, e refletir com o grupo as relações lógicas de construção de significados na produção do texto e os efeitos de sentido decorrentes da negação.

22º Sortear as perguntas respondidas como tarefa de casa para serem respondidas para o grande grupo.

23º Tarefa de casa
Colocar todas as atividades da RCPE em dia até o dia 17/7 – para que possamos fazer o relatório e levar para a reunião dos formadores no dia 20/7. (Lembrando que nosso curso tem 120h presenciais / 180h a Distância). Na reunião que se inicia no dia 20/7 estaremos avaliando o Curso/Cursistas – Formadores por regional – usaremos o critério da participação/ assiduidade e conteúdo nas atividades feitas nas Oficinas. E os trabalhos postados na RCPE – como atividade a distância.
Avançando na prática: Observar as propostas das páginas 24, 50, 93, 105, 130, 148, 162, 196, 212, 229 e aplicar uma delas em sala com aluno – conforme sorteio – e trazer o resultado para apresentar na próxima Oficina (apresentação em POWER POINT – parte por parte da sequência didática – conforme solicitado nas propostas da TP5 – com digitalização do trabalho de aluno).O professor/cursista pode escolher em fazer seus trabalhos a distância sozinho ou em grupo.
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Para trabalhar os estilos, a narração da morte do Rei do Pop, Michael Jackson:

Estilo fofoca

Estilo fofoca

Menina do céu, tu nem sabe o que eu descobri, estava eu no computador falando da Marcinha com o Paulo para a Pati, ela tava indignada, quando a Felipa entra no orkut e me diz que o Flávio, que ouviu do Mario que viu na TV, que tava dando a noticia; você não vai acreditar, o Maicon Jackson o super cantor morreu, é verdade não é fofoca; pode contar pra Valéria pra ela contar pra Jaine; será interrado só Deus sabe quando, mas a gente já ta organizando uma excursão pra ir no velório, pois vai ter muita gente, ai vai ser um show! Você vai, né!!!!!


Estilo Nelson Rodrigues

O rapaz era preto, ficou branco e morreu.

Equipe: Professores Lucimara, Zita, Marlise, Sueli e Márcio.

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Outra atividade interessante foi sobre Coerência textual. Partes de textos de gêneros variados foram distribuídos entre os professores. Estes organizaram as partes, formando um texto coerente. Abaixo, um dos textos organizados:


Para concluir esta primeira etapa do Gestar II Língua Portuguesa, frases ditas por alguns dos professores cursistas sobre o porquê estudar os gêneros textuais:


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Oficina Gestar II - Concluindo a TP4

Ontem, 30/06, o encontro do Gestar II Língua Portuguesa provou novamente que nossos professores são ótimos no que se propõem a fazer.
A tarde foi marcada pela conclusão da TP4 através de apresentações (Power Point) elaboradas pelas equipes de cursistas.
Além da parte teórica, alguns grupos ilustraram seu trabalho com a prática (leitura e interpretação textual), envolvendo os demais colegas, inclusive as formadoras.
Foi um show!!!

Trabalho realizado pelas professoras Luciane Campolin e Edilnea Montoski